Youtube killed the TV ad?
“Video killed the radio star” cantavam os “The Buggles” no início da década de 80. Youtube killed the TV ad? (O Youtube matou o anúncio de TV?) perguntamos nós em 2017.
Para a Adidas, conhecida marca de equipamento desportivo, sim. Os tradicionais anúncios de imprensa e TV morreram e o investimento da companhia será feito nas novas plataformas digitais e redes sociais, avança o Business Insider neste artigo.
A justificação é dada à CNBC pelo CEO da Adidas Kasper Rorsted: a companhia quer aumentar a receita das vendas online de mil milhões de euros em 2016 para quatro mil milhões de euros até 2020 e quer usar os canais digitais para lá chegar.
Rorsted defende que o consumidor jovem, o seu público-alvo, interage com a marca sobretudo através do smartphone pelo que a aposta para os próximos anos vai ser na interação digital.
Esta não é uma aposta só da Adidas, é uma tendência global, em particular das marcas dirigidas a um público mais jovem e urbano. As marcas de venda online que vivem quase exclusivamente de uma página no Facebook multiplicam-se. Os meios de comunicação tradicionais tentam cada vez mais ser multiplataforma e já perceberam que só a caça ao click e ao “like” os pode tornar rentáveis.
Mas no caso dos meios de comunicação social, há o reverso da medalha. Esta caça ao like e ao click estão, em alguns casos, a afastar abordagens mais sérias e isentas e fazer com que se aposte mais nos títulos escandalosos ou pior, que “obrigam” o leitor a abrir a notícia para conseguir perceber do que se trata.
A conhecida blogger “A Pipoca Mais Doce” falou sobre este “flagelo” neste post porque este é um assunto que deve realmente preocupar todos aqueles que trabalham na área da comunicação. E deve levar-nos a refletir para encontrar um equilíbrio entre aquilo que é informação rentável e aquilo que é a informação que realmente interessa ao público.
@Susana Viana, Healthcare Division Manager