Em Portugal, a DPOC afeta cerca de 800 mil pessoas e constitui a segunda causa de internamento por doença respiratória, conduzindo a graus de incapacidade relevantes e elevada mortalidade. A DPOC ocupa o quarto lugar das causas de morte em todo o mundo, sendo responsável por três milhões de mortes por ano.
Estima-se que 10% a 15% dos fumadores irão sofrer de DPOC, bem como pessoas com exposição ao fumo do tabaco. A DPOC que afeta 14,2% dos portugueses com mais de 40 anos.
De acordo com o último estudo realizado em Portugal, no ano de 2020, existe subdiagnóstico da DPOC e uma potencial baixa adesão dos doentes ao tratamento. Com os resultados deste estudo, reforça-se a necessidade do acesso da população ao especialista e ao diagnóstico, assim como um maior esforço para desenvolver uma melhor adesão à terapêutica por parte dos doentes respiratórios.
Em abril de 2022, a Circle e a Guess What foram contactadas pela Boehringer Ingelheim e Fundação Portuguesa do Pulmão com o objetivo de desenvolver uma campanha conjunta (envolvendo áreas como a criatividade, branding, design, digital, Public Affairs e assessoria de imprensa) que alertasse para a problemática da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), através de uma campanha nacional de rastreios com espirometrias, um exame fundamental para o diagnóstico desta patologia e ainda hoje pouco utilizado em Portugal.
O principal fator desencadeante da DPOC é o fumo de tabaco, tanto para fumadores ativos, como para os que a ele estão expostos passivamente.
Para uma cobertura de Portugal continental e ilhas, as espirometrias foram realizadas com o apoio das Juntas de Freguesia (três dias em cada local), com início no mês de junho de 2022. Os rastreios foram implementados por um técnico de cardiopneumologia que de seguida elaborou e enviou os respetivos relatórios para envio à Clínica do Pulmão. Esta, por sua vez, contactou os doentes diagnosticados com DPOC para uma primeira consulta, com o objetivo de confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
Os objetivos a alcançar eram claro. Destacam-se os seguintes objetivos que foram alcançados: aumentar o diagnóstico da DPOC; sensibilizar o público em geral para a necessidade de um diagnóstico precoce das doenças respiratórias que levem a tratamentos mais efetivos; implementar uma campanha criativa a nível nacional, marcando presença nas 18 capitais de distrito de Portugal Continental e, ainda, nas ilhas da Madeira e dos Açores; sensibilizar as entidades oficiais para a importância do diagnóstico precoce como forma de reduzir o impacto da doença, quer em termos de qualidade de vida, quer ao nível do impacto laboral.
Para além da população em geral, tinha-se como público alvo: fumadores e ex-fumadores; entidades oficiais; meios de comunicação social e profissionais de saúde.
Este conceito permitiu pegar na diversidade de elementos gráficos e visuais que os Santos Populares têm e colocá-los ao serviço da nossa mensagem.
Estamos a falar das quadras, com um tom popular, como forma de divulgação dos sintomas e da ação de rastreio. No entanto, foram incluídos outros elementos associados a esta época dos Santos Populares, como: o manjerico, as sardinhas, as bandeirolas, o alho porro, os martelinhos, a música e as marchas populares.
Todos estes elementos têm um twist que nos situa na mensagem a passar, como é possível verificar nas peças desenvolvidas para a campanha.