Comunicação com C grande

Sou fã confessa da Europol. E não é de todo pelo meu interesse profundo sobre a atividade desta força policial europeia.

Sou fã da Europol sobretudo pela sua capacidade de passar informação, de veicular mensagens, de comunicar com o público em geral, como eu, que tal como a maioria dos restantes, se tende a preocupar com a criminalidade apenas quando esta bate à porta. 

Mas sou fã da Europol porque foi capaz de encontrar uma forma inteligente de passar a mensagem, socorrendo-se da ironia, do humor, da surpresa, que me leva a ler a informação que partilha e a ler até ao fim.

Exemplos de bons trabalhos ao nível da comunicação não faltam. Como aquele, no verão de 2017, quando decidiu enviar postais de verão, destinados aos criminosos mais procurados na Europa, a pedir o seu regresso. 

“Caro fugitivo mais querido da Europa – a polícia quer que volte a casa este verão!”, lia-se na mensagem, depois personalizada para cada um dos ‘desaparecidos’, que se fazia acompanhar por um apelo destinado ao público: “No entanto, os seus endereços exatos ainda são desconhecidos para nós. Pode ajudar-nos a encontrá-los?”

Um ano depois, o objetivo era o mesmo, ou seja, familiarizar os europeus com a cara dos fugitivos mais procurados pela justiça. E nada melhor do que aproveitar a boleia do Campeonato do Mundo de Futebol para o fazer: “Vinte e cinco criminosos perigosos fugitivos da polícia entraram no Campeonato dos Mais Procurados da Europa, numa tentativa de se tornarem tão conhecidos como alguns dos jogadores reais”, lia-se desta feita no comunicado partilhado, que pedia o “assobio final”.

Mas porque o trabalho desta agência não se resume a procurar quem anda em fuga, mais recentemente partilhou um conjunto de vídeos onde, de uma forma simples e fácil, dá a conhecer o trabalho do crime organizado de produção, tráfico e distribuição de drogas.

“Há muitas coisas que se pode fazer em 120 segundos, fazer uma oração, tomar um café ou verificar a sua conta do Instagram. Pode também assistir à nova série de vídeos da Europol.” E foi o que eu fiz.

Carla Mendes, Senior Content Manager

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