Estamos todos ligados, isso é certo e sabido. A geração online não tem faixas etárias, desde o mais novo que “nasce com um tablet nas mãos” até ao mais velho que todos os dias descobre um quizz novo no facebook. Não é uma questão geracional. Passamos horas ligados a um mundo fantástico e onde há sempre coisas novas para descobrir, desligamos do nosso mundo real e sentimo-nos felizes com isso.
Temos o mundo à distância de um clique, ficamos com a sensação que a China está aqui ao lado, sentimo-nos mais importantes porque conseguimos comentar a foto de um famoso e ele meteu like, o nosso ego sobe. Temos o mundo aos nossos pés.
E se um dia “isto” da internet desaparecesse? Sem aviso prévio. E se de repente, um dia ao acordar, o nosso “scroll” matinal pelo instagram não existisse? Pior, e se o nosso trabalho deixasse de existir? Não havia e-mail, redes sociais, wikipedia… Ah, a Wikipedia… O objeto de trabalho preferido, aquele site que nos emancipa e nos torna mais sábios aos olhos daquele amigo que não sabia que a bandeira do Cazaquistão tem um sol e é azul.
Mas falando de coisas sérias e voltando a ambiente laboral, o que seria de nós se o nosso emprego fosse afetado pela tamanha barbaridade do desaparecimento da internet? Somos animais sociais (supostamente), temos uma ótima capacidade de adaptação (claro) e sempre soubemos como nos “desenrascar”. Certo, mas, como iria sobreviver uma geração que não conhece outro dicionário que não o Google tradutor, e que a única enciclopédia que viu na vida foi na biblioteca da escola primária mas que nunca sequer pegou porque existem e-books e é mais fácil pesquisar com um ctrl+f?
O Instagram, o Whatsapp e o Facebook volta e meia ficam em baixo algumas horas e aposto que há pessoas a partir routers, e se a internet não existisse? Voltávamos a comer sem talheres?