O contributo de atividades extracurriculares para o desenvolvimento de soft skills

É certo e sabido que, no mundo do trabalho, se procuram candidatos com determinadas hard e soft skills.

A diferença? As hard skills são o grupo das competências técnicas e conhecimentos necessários para realizar determinada tarefa que adquirimos ao longo do nosso percurso académico. Já as soft skills são um pouco mais complexas que isso: são as competências pessoais, as características que nos tornam “empregáveis” (como, por exemplo, a capacidade de comunicação, de escuta, de confiança, etc.).

A verdadeira questão é: onde adquirir essas capacidades?

Podemos ser, por natureza, seres comunicativos, bons ouvintes ou até ter uma grande capacidade para trabalhar em equipa. Mas há sempre características que precisam de ser trabalhadas e desenvolvidas. E é aqui que entram as atividades extracurriculares!

Perder o medo e sair da nossa zona de conforto quando somos crianças/adolescentes é meio caminho andado para desenvolver algumas das soft skills que são tão procuradas no mercado de trabalho. Até porque é muito mais fácil ir em frente quando somos mais novos do que, mais tarde, não nos sentirmos preparados para desenvolver o nosso percurso profissional.

Para começar, precisamos da força de vontade para acabar um dia de aulas e, em vez de ir para casa ver televisão ou jogar consola, ir para a natação, para o conservatório ou até para o instituto de línguas. Também precisamos da mesma força de vontade para acordar a um sábado e escapar a hora da sesta da tarde para ir para a dança, para o treino de futebol ou até para os escuteiros. E ainda precisamos da organização: para podermos fazer tudo isto e, ainda assim, sairmos bem-sucedidos.

E, para terminar, em cada uma destas atividades há, pelo menos, uma soft skill que se trabalha:

  • Na natação? A força, a determinação e a confiança.
  • No conservatório? A habilidade e a persistência.
  • No instituto? A capacidade de aprender e de ouvir.
  • Na dança? A atenção e a atitude.
  • No futebol? A comunicação e o trabalho em equipa.
  • Nos escuteiros? A liderança, a autonomia e a resiliência.

Desenvolver estas soft skills (e muitas outras) e sermos bem-sucedidos é um processo, mas também é o objetivo.

Cláudia Carreira, Designer

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