Acredito que a área da saúde é um dos setores mais cruciais e sensíveis da sociedade, onde a comunicação tem vindo a desempenhar um papel cada vez mais importante.
Não há dúvidas de que uma população saudável é o ativo mais importante para o desenvolvimento económico de um país e a prova disso foram os tempos que vivemos na pandemia: sem saúde, a economia desacelera e fica instável.
Por isso, investir em saúde é investir em produtividade e capacidade de inovação. Além disso, investir em saúde significa ainda reduzir as desigualdades na sociedade. Isto porque todos devemos ter a oportunidade de viver uma vida longa e saudável, com acesso a cuidados de saúde, independentemente da nossa origem ou estatuto social.
E é impossível negar que o trabalho das Relações Públicas e da Comunicação é, neste contexto, um campo dinâmico e, ao mesmo tempo, desafiante, podendo envolver a gestão da reputação e a comunicação de organizações de saúde, profissionais de saúde, hospitais, clínicas, produtos e indústria farmacêutica ou outras entidades. Mas, hoje em dia, até é muito mais do que isto!
Atualmente, a eficácia das Relações Públicas em Saúde pode influenciar, de forma positiva, a confiança do público, as políticas públicas implementadas neste setor em prol da sociedade ou a correta adesão ao tratamento mais eficaz (com evidência clínica). Além disso, tal também influencia a consciencialização sobre questões graves de saúde, a implementação de hábitos saudáveis que contribuem para um estilo de vida com poucos riscos de contrair doenças e, em última instância, a qualidade dos cuidados de saúde ou o acesso aos mesmos.
Diria que a comunicação é fundamental nesta área para transmitir, de forma credível, informação e influenciar decisões benéficas para o bem-estar da sociedade. Aliás, se repararem, é a comunicação que nos últimos dias traz a público as desigualdades nos cuidados de saúde ou a falta de financiamento em determinadas áreas, o que leva a que as políticas públicas sejam repensadas. É também a comunicação que muito contribuiu para que, por exemplo, a SIDA não fosse um tema tabu ou para que o tabaco fosse finalmente considerado como um inimigo público.
Sem saúde, não há economia ou sequer uma sociedade! E a comunicação é a ponte entre vários públicos fundamentais nesta área.
Vanessa Rolim, Communication Consultant