Este novo ano que agora começa promete ser particularmente desafiante para todas as esferas do Marketing. Em tempos de elevadas incertezas, a comunicação deverá assumir um papel de particular destaque na promoção de dinâmicas de aproximação das entidades com os seus públicos-alvo, internos e externos.
Numa altura de crise económica e social, as companhias não podem descurar uma comunicação próxima e compreensiva sob o risco de alienarem os seus colaboradores, clientes e parceiros. Perceber o que os move é importante. Entender o que os preocupa, fundamental.
Os profissionais que trabalham na comunicação externa deverão sempre comunicar em primeiro lugar para dentro, de forma a que o público interno não seja surpreendido por fontes externas. Já quem trabalha com comunicação interna terá a preocupação de alinhavar as mensagens entre os públicos e certificar-se de que estas também poderão ser replicadas em público para benefício da companhia.
Exige-se propósito no porquê, como e quando na medida em que tanto colaboradores como consumidores estão cada vez mais exigentes e as organizações que defendem causas nobres, que lutam contra as iniquidades no espaço laboral ou que procuram fazer algo para combater as alterações climáticas, mais facilmente construirão relações próximas e profícuas. Mas mais do que promover, as companhias têm de fazer.
O discurso, para dentro e para fora, tem de ser positivo, inspirador e consistente. Uma empresa tem hoje de demonstrar responsabilidade para com a sociedade que a rodeia, ser aberta, honesta, clara e relevante na comunicação que produz, humanizar-se perante os seus clientes e saber utilizar os canais certos para atingir os seus públicos-alvo.
Uma relação mais próxima reflete sempre um genuíno sentido de confiança e esta não se ganha de um dia para o outro. Para mais, a comunicação é genuína quando as ações têm mais força do que muitas palavras.
Jorge Azevedo, Managing Partner