Em contexto de guerra, como o conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, a desinformação e as fake news são também uma arma, circulando no digital e nas redes sociais.
Aliás, a Comissão do Parlamento Europeu (PE) referiu inclusivamente estar “profundamente preocupada” com a desinformação e com a propaganda e fake news oriundas da Rússia.
Por isso, o PE aprovou, no início de março, recomendações da Comissão Especial sobre a Ingerência Estrangeira (INGE) e desinformação, com vista a reforçar as capacidades da União Europeia para fazer face às táticas de intromissão estrangeira. Desta forma, os eurodeputados propõem um “regime de sanções para combater estes fenómenos, campanhas de sensibilização para o público e regras mais robustas para evitar que as plataformas de redes sociais sirvam de veículos de propagação da desinformação”.
Existem várias ferramentas e táticas, incluindo algumas usadas por jornalistas para verificar a veracidade de conteúdos online, que são muito úteis, assim como algumas recomendações que se devem ter sempre em mente.
- Pensar antes de partilhar
Antes do impulso de carregar no botão de partilhar, ou de comentar e interagir com uma determinada publicação sobre o conflito em causa, pare para refletir e para se questionar, em primeiro lugar, sobre como é que o conteúdo o está a fazer sentir.
- Verifique a veracidade do conteúdo
Tente sempre encontrar a fonte original de uma determinada publicação. Por exemplo, o Google Fact Check Explorer apresenta-se como uma espécie de motor de busca para resultados relacionados com fact-checking em várias línguas, incluindo português.
- Não partilhe informação falsa
Ao deparar-se com informação falsa na Internet o melhor é mesmo não a partilhar! Se está numa rede social e encontrou uma publicação com conteúdo que não é verdadeiro, além de não o partilhar, não deverá interagir com o mesmo, ou seja, não deverá comentar nem reagir.
As redes sociais e plataformas digitais estão a tomar medidas para impedir a propagação e amplificação de conteúdos falsos relacionados com a guerra, mas mesmo assim todos podemos contribuir para não amplificar as fake news.
Bárbara Marteleira, Communication Consultant