O mês de junho será marcado pela terceira fase de desconfinamento e o movimento na rua começa, aos poucos, a tomar o seu lugar. Muitos voltam ao escritório, as lojas e cafés estão já abertos e aos poucos a (a)normalidade vai-se instalando. Confesso que, ainda no início da pandemia, imaginava esta fase de forma diferente. Um cenário onde todos poderíamos sair livremente, distribuir abraços e beijinhos, tal e qual como o nosso querido Presidente da República (e dos afetos) o fazia. Ingénua? Sem dúvida.

Somos portugueses, latinos, somos de afetos, do cafézinho com os colegas a meio da manhã e a meio da tarde, somos o país do bom tempo e do sol, do ar livre e de conviver com os amigos e família. Mas, por algum tempo e para o bem de todos, teremos mesmo que nos adaptar.  

Um estudo conjunto da Multidados – The Research Agency e da Guess What revela que os portugueses ainda vivem esta época com receio. A maioria tem medo de voltar a frequentar cafés, restaurantes e bares ou usar os transportes públicos, sendo apontado um timing entre um e dois meses para o regresso à normalidade. 

O medo ainda está muito presente e, na minha opinião, é normal. Esta é uma situação nova e nunca antes vivida.

Afinal, é esta a normalidade que tanto desejávamos? Não! É a situação possível. Este será um caminho longo, isso é certo, mas necessário para proteger os mais vulneráveis e controlar a pandemia.

Perseverança e resiliência serão fundamentais para os próximos tempos, mas nada que não sejamos capazes de fazer.

Olhar com medo e desconfiança em relação ao outro, conversas com dois metros de distância, expressões escondidas atrás de máscaras e a higiene reforçada das mãos são algumas das medidas que farão parte da nova rotina. 

E, já sabem, ao protegerem-se estão a proteger os outros! A saúde em primeiro lugar.

Joana Borges, Healthcare Division Manager

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