A pandemia da Covid-19 mudou as nossas vidas, de um momento para o outro. Durante os últimos meses, fomos obrigados a passar mais tempo em nossas casas e a Cultura, seja em que formato for, revelou-se, muitas vezes, uma companhia indispensável.

Filmes, séries, teatro, música, literatura… A Cultura tem muitas cores e facetas, conseguindo sempre adaptar-se e reinventar-se. Tal também aconteceu neste período de pandemia. Pudemos fazer maratonas das séries que já estavam nas nossas listas há algum tempo, assistir a peças de teatro online ou espetáculos de música com transmissão nas redes sociais. Além disso, alguns artistas criaram álbuns de música em pleno período de confinamento, como foram os casos de Rodrigo Leão, Adriana Calcanhotto ou do supergrupo recém-criado Conjunto Cuca Monga. 

Numa altura em que o simples ato de sair de casa ganhou novos contornos, foi na Cultura que encontrámos, por vezes, algum conforto. Não é, assim, de estranhar que, por exemplo, a Netflix tenha conquistado mais 10 milhões de clientes durante este período. Mas nem todos viram os seus lucros aumentarem com a Covid-19. Na verdade, muito pelo contrário. 

A Cultura não tem também apenas uma vertente lúdica, podendo alertar e sensibilizar, sendo uma poderosa ferramenta de comunicação. E tal irá repetir-se em breve. Com o desconfinamento, algumas produções estão a voltar à ação e, em alguns casos, a pandemia ganhará palco. São exemplos a série médica “Anatomia de Grey”, que, na sua 17.ª temporada, irá abordar o impacto da Covid-19, ou da novela brasileira, da Globo, “Amor de Mãe”. 

Muito mudou nas nossas vidas desde o surgimento, sem aviso, de uma pandemia que nos fez repensar a importância dos abraços e de cuidarmos uns dos outros, mesmo que, para isso, tenhamos de estar afastados. Enquanto nos habituamos a este novo “normal” – que de normal nada tem – aproveitemos também para valorizar, cada vez mais, a Cultura e aqueles que lhe dão vida, das mais variadas formas.

Tatiana Henriques, Communication Consultant

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