Valorização das Propostas: sim ou não?

Uma constante na nossa área (como em muitas outras) são as propostas que nos são frequentemente pedidas. Até aqui, tudo bem e completamente normal.

Por um lado, faz parte de um trabalho comercial e de new business de qualquer agência de comunicação, por outro lado, qualquer cliente precisa de fazer uma avaliação do mercado antes de se decidir pela empresa que pretende trabalhar.

No entanto, todos sabemos o trabalho, empenho e a pesquisa que envolve o desenvolvimento de um plano de comunicação (daqueles à séria!). Claro que a complexidade varia muito de briefing para briefing, dos objetivos que se pretende atingir, mas parece-me que cada vez se exige mais, como consequência dos desafios serem cada vez maiores e mais complexos. 

Quando é apresentado um desafio por parte de um potencial cliente, uma empresa de comunicação pretende demonstrar as suas mais valias e competências, da sua equipa e o seu know-how.

São envolvidos os mais variados departamentos e, muitas vezes, parceiros externos e alocadas várias horas de trabalho.

Com isto não quero dizer que tentar conhecer e perceber qual a melhor empresa que se adequa às necessidades de um cliente ou determinado projeto não seja legítimo. Claro que é! Por exemplo, quando quero adquirir um determinado serviço também procuro várias opções e a qual a melhor que se adequa ao que pretendo e, claro, não estou à espera que isso me seja cobrado.

Mas neste refiro-me a uma dimensão diferente. Quando colocamos no ‘papel’ o que nos diferencia de outras empresas, a nossa propriedade intelectual (o nosso recurso mais importante e valioso), talvez deva ser analisado de forma diferente.

Posto isto, sabendo a dedicação, tempo alocado, sugestão de ativações e criatividade que algumas propostas necessitam, será este trabalho passível de ser cobrado?

E se fosse, como conseguiríamos definir um valor justo para todos os intervenientes? Estaria o mercado das empresas de comunicação disposto a unir-se nesta questão? Penso que sejam tópicos pertinentes, no entanto, um assunto com muito ainda por explorar e pensar.

Joana Borges, Healthcare Division Manager

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