Perante um cenário de pandemia, as medidas de contenção precisaram de ser a prioridade, tanto para a sociedade em geral como para as marcas. O isolamento social foi essencial para a redução do número de casos, mas, infelizmente, tal traduziu-se numa quebra do mercado.

Muitas marcas focaram, naturalmente, a sua gestão na contenção de custos. Mas é importante que as empresas se mantenham presentes e ao lado dos consumidores para que não sejam esquecidas quando tudo voltar à normalidade. Assim, é imprescindível que as estratégias de comunicação não sejam ignoradas.

É normal que as marcas tenham sentido a necessidade de parar para adaptar toda a sua estratégia. Isto porque aquilo que fazia sentido antes desta crise de saúde pública, deixou de fazer. Surgiram novas necessidades e, com elas, novas oportunidades que devem ser aproveitadas. Mas esta pausa para repensar o novo caminho a seguir deve ser breve, pois quem não comunica é esquecido e, mais do que nunca, este é um risco que as marcas enfrentam.

As que se retraíram em demasia terão mais dificuldade em acompanhar o mercado. Já as que não adaptaram a sua mensagem a esta nova realidade perderão vendas. E as que não estiveram presentes perderão espaço.

Agora que o desconfinamento é uma realidade, mesmo que progressivo e com restrições, é o momento para as marcas se prepararem para o regresso dos consumidores que voltam às lojas, aos restaurantes e aos hotéis. Na China, após o alívio das medidas de contenção, notou-se uma corrida aos centros comerciais, impulsionando, por exemplo, as marcas de luxo. Esse fenómeno tem o nome de revenge spending e também é esperado que aconteça noutros países do mundo.

Esta primeira onda de consumo pode representar uma enorme oportunidade para as empresas que sofreram uma quebra nas suas vendas. Mas, para isso, têm de conseguir chegar às pessoas e a melhor forma de o fazer é através da comunicação.

Rita Pires, Communication Consultant

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