Parece-me ilógico que haja uma não perceção e valorização quando há espaço para brincar.
Quando em crianças, era o que mais queríamos. Brincar com os outros ou até mesmo sozinhos, mas uma coisa era comum: brincar! Brincar para crescer, brincar para aprender, brincar para criar, brincar para socializar.
Sim, é verdade, à medida que vamos crescendo vamos sendo moldados para “deixar de brincar”, seja por preconceitos, desvalorização ou a simples formatação das mentes em módulos específicos na escola, que todos temos, de supostamente aprender e dominar.
Mas o que vejo, é que nós próprios acabamos por matar a criança que há em nós. Podemos ser moldados, podemos ser formatados, mas não percam a criança em vocês. Aquela que outrora era tudo aquilo que coubesse na sua imaginação infinita. Sem receios do fracasso ou julgamentos.
Estarei a ser ingénuo? Não. Nem mesmo quando falo em negócios e trabalhar em empresas. Aliás, se repararem bem, vejam lá se o estar e ser numa empresa não é muito semelhante a estar numa escola/recreio (ainda se lembram?).
Pois é. As dinâmicas não mudam assim tanto. Então mas se as dinâmicas não mudam assim tanto, e as empresas querem tanto inovar e crescer e blá blá blá, porque é que não dão espaço para que os seus colaboradores possam criar? Brincar?
Ou pior ainda, porque é que nas empresas onde realmente é dado e valorizado esse espaço (raros são os exemplos), os colaboradores não aproveitam?
É por isso que vos peço, senhoras e senhores: brinquem, por favor! Brinquem e partilhem!