Muito se tem falado sobre Inteligência Artificial (IA) nos últimos anos. Os maiores avanços têm sido observados principalmente em duas áreas: perceção e cognição. Na primeira categoria, os maiores desenvolvimentos foram registados na fala. O reconhecimento de imagem também melhorou substancialmente.
Muitos temem que os sistemas de IA tenham a capacidade para prescindir por completo do trabalho humano. O mais relevante e a verdade é que a IA necessita de interação humana. Sem isto não conseguirá desempenhar a sua função e evoluir. Uma área da IA em rápido crescimento é a aprendizagem computacional, através da qual um programa de computador melhora as suas respostas a uma questão ao criar e repetir algoritmos baseados em dados.
Em termos de indústria de comunicação e marketing, a Inteligência Artificial pode não só impulsionar as nossas capacidades analíticas e de tomada de decisões, ao fornecer a informação certa no momento certo, como também aumentar a criatividade. O pensamento humano aliado à inteligência de um sistema computorizado pode amplificar em grande escala as ideias base. Por outro lado, a colaboração Homem-máquina permite às empresas interagir com os colaboradores e com os clientes de novas formas e bem mais eficazes. Aqui há o exemplo, já quase banal, dos chatbots.
A Inteligência Artificial tem também a capacidade de proporcionar aos clientes experiências individuais e personalizadas. Com esta, a personalização pode agora ser alcançada com uma precisão jamais imaginável e em grande escala. Veja, por exemplo, o caso do Spotify com as suas listas personalizadas ajustadas de acordo com as preferências de cada um.
Num futuro, cada vez mais próximo, vamos ver que os sistemas e dispositivos de Inteligência Artificial reconhecerão, interpretarão, processarão e simularão as emoções dos seres humanos, com elevada qualidade e precisão. Os inputs emocionais irão levar à transição das interações baseadas em dados, com um alto nível de coeficiente de inteligência (QI), para experiências profundas orientadas pelo coeficiente emocional (QE), possibilitando às marcas a oportunidade de se conectarem com os consumidores a um nível muito mais profundo e pessoal.
Assustado com esta “onda gigante” que está a revolucionar empresas e marcas? Não esteja, nem fique paralisado. Procure antes ajuda para obter respostas para os seus desafios. E não se esqueça, mais vale iniciar-se nesta área com um pequeno projeto piloto do que estar meses infindáveis – com os custos e tempo alocados que isso exige – a tentar desenvolver um modelo altamente robusto e de vanguarda.
Renato Póvoas, Managing Partner